A Oração do Credo, com seus doze artigos, é uma síntese daquilo que os católicos creem e representa a forma mais simples e eficaz da Igreja transmitir e exprimir sua fé.
Ao rezar o Credo, todos os fiéis estão unidos em uma única fé e acreditam nela com uma só alma e um só coração. É como se estivéssemos falando uma mesma língua, independente de onde estivermos.
A Oração do Credo é uma declaração de fé que sintetiza as crenças fundamentais dos católicos e expressa a sua confiança em Deus e na salvação através de Jesus Cristo.
Oração
Creio em Deus Pai Todo-Poderoso,
Criador do céu e da terra;
e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor;
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo;
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado.
Desceu à mansão dos mortos;
ressuscitou ao terceiro dia;
subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos;
creio no Espírito Santo,
na Santa Igreja Católica,
na comunhão dos Santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne,
na vida eterna.
Amém.
História da oração do Credo
A oração do Credo, também conhecida como Símbolo dos Apóstolos, tem uma história rica e profunda que remonta aos primeiros séculos do Cristianismo. Sua origem está ligada à necessidade de formular uma declaração de fé que pudesse ser usada na instrução dos novos convertidos e na liturgia da Igreja.
Origens e Desenvolvimento
- Primeiros Séculos: Nos primeiros séculos do Cristianismo, havia a necessidade de uma declaração de fé que pudesse ser usada tanto para instrução dos catecúmenos (aqueles que se preparavam para o batismo) quanto para a refutação das heresias. A formulação de crenças claras e concisas ajudava a manter a unidade da doutrina.
- Símbolo dos Apóstolos: O Credo dos Apóstolos, em particular, é uma das mais antigas fórmulas de fé. Embora não tenha sido escrito diretamente pelos apóstolos, ele reflete a tradição apostólica. Acredita-se que tenha se desenvolvido a partir de confissões batismais usadas em Roma no século II.
- Credo Niceno: Durante o Concílio de Niceia, em 325 d.C., foi formulado o Credo Niceno para enfrentar as heresias arianas, que negavam a divindade de Cristo. O Credo Niceno-Constantinopolitano, que é uma versão expandida do Credo Niceno, foi completado no Concílio de Constantinopla em 381 d.C. e é usado nas liturgias de muitas denominações cristãs até hoje.
Estrutura e Conteúdo
A estrutura do Credo é simples e direta, dividida em doze artigos, cada um representando uma crença fundamental do Cristianismo:
- Crença em Deus Pai: “Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso, Criador do céu e da terra.”
- Crença em Jesus Cristo: “E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor.”
- Concepção Virginal: “Que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria.”
- Paixão e Morte: “Padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado.”
- Descida aos Infernos e Ressurreição: “Desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia.”
- Ascensão e Segunda Vinda: “Subiu aos céus e está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso, de onde há de vir para julgar os vivos e os mortos.”
- Crença no Espírito Santo: “Creio no Espírito Santo.”
- Igreja: “Na Santa Igreja Católica.”
- Comunhão dos Santos: “Na comunhão dos santos.”
- Perdão dos Pecados: “Na remissão dos pecados.”
- Ressurreição dos Mortos: “Na ressurreição da carne.”
- Vida Eterna: “Na vida eterna.”
Importância
O Credo tem uma importância central na vida litúrgica e doutrinal da Igreja. Ele é recitado na Missa e em várias outras celebrações litúrgicas, reafirmando a fé comum dos cristãos. Além disso, ele serve como uma base para o ensino catequético, garantindo que os fundamentos da fé sejam transmitidos de geração em geração.
A oração do Credo é um tesouro da tradição cristã que encapsula a essência da fé em uma fórmula simples e acessível. Sua origem remonta aos primórdios do Cristianismo e continua a desempenhar um papel vital na vida da Igreja até hoje.